Caracterização mecânica de madeiras deterioradas em campo por meio de ultrassom e flexão estática
DOI:
https://doi.org/10.14295/cs.v6i3.828Palavras-chave:
biodeterioração, ensaio de campo, flexão estática, ultrassomResumo
Este estudo objetivou avaliar a resistência natural da madeira de quatro espécies florestais submetidas à deterioração em campo, por meio de ensaios não destrutivos de ultrassom e destrutivos de flexão estática. Para isso, toras de 1,2 m de comprimento de Tectona grandis (teca), Azadaractina indica (nim), Inga sp. (ingá) e Bagassa guianensis (tatajuba) foram submetidas à deterioração em ensaios de campo durante 18 meses, no município de Sinop-MT. A partir de toretes sadios, foram retirados corpos de prova para caracterização inicial dos módulos de elasticidade e de ruptura à flexão estática. Ao final do período de exposição, foram retirados corpos de prova em três posições das toras (parte enterrada, zona de afloramento e parte aérea). Os corpos de prova deteriorados foram submetidos à caracterização não destrutiva, por meio de ultrassom, em que foram determinadas as velocidades de propagação de ondas. Os corpos de prova que apresentaram as menores velocidades de propagação foram submetidos aos ensaios de flexão estática. Os resultados obtidos foram comparados àqueles dos corpos de provas sadios, de modo a caracterizar o grau de deterioração da madeira. Mediante os ensaios de ultrassom verificou-se que os corpos de prova retirados da zona de afloramento das toras apresentaram menor velocidade de propagação de ondas. Dentre as espécies estudadas, a teca e tatajuba apresentaram a maior e menor resistência natural, respectivamente.
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