Miniestaquia a partir de minicepas originadas por enxertia de pitangueira adulta
DOI:
https://doi.org/10.14295/cs.v6i3.817Palavras-chave:
auxina, clonagem, coletas, Eugenia uniflora L., propagação vegetativaResumo
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos das épocas de coleta de miniestacas e da aplicação de concentrações do ácido indolbutírico (AIB) sobre o enraizamento das miniestacas de pitangueira (Eugenia uniflora L.). As minicepas foram obtidas usando a enxertia de garfos coletados da árvore selecionada sobre porta-enxertos formados por sementes coletadas da mesma árvore. Para formação do minijardim, as mudas enxertadas foram cultivadas em tubetes, tiveram suas brotações podadas, mantendo-se um par de folhas em cada brotação. Destas minicepas se promoveram coletas sucessivas de brotações (miniestacas). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 4 x 4 (quatro épocas de coleta de miniestacas x quatro concentrações de AIB), com quatro repetições e 20 miniestacas como unidade experimental. Obteve-se 100% de sobrevivência das minicepas após quatro coletas sucessivas de brotações. A produtividade média foi de 3,1 miniestacas/minicepa/coleta. Verificou-se enraizamento adventício inferior a 1,9% no verão e outono, e ausência de enraizamento na primavera. Observou-se menor índice de mortalidade (57,8%) sem uso de AIB. O verão é a época de coleta de maior produtividade das minicepas. Miniestacas provenientes das quatro coletas apresentam índices de enraizamento muito baixos quando não é nulo. O enraizamento de miniestacas de pitangueira não é favorecido com o uso de AIB.
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